domingo, 20 de novembro de 2011

Filas do seguro-desemprego estão com os dias contados



As longas filas do seguro-desemprego que se formavam em frente à agência Ribeira da Caixa Econômica Federal (CEF) podem não se repetir mais. Essa semana o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) autorizou a superintendência regional do banco a abrir cinco novos postos de atendimento no Rio Grande do Norte. Ainda não há definição de onde esses postos serão instalados, mas a probabilidade maior é de que pelo menos dois sejam em Natal, e os outros três em cidades-polo no interior. A expectativa é abri-los nas próximas duas semanas. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Caixa, em Natal.

Até lá, o Rio Grande do Norte continua com apenas dois postos de atendimento: um em Natal e outro em Mossoró. A título de exemplo, o desempregado que more em Venha-Ver, no extremo Oeste do Estado, e que quiser fazê-lo na Caixa, terá que procurar uma dessas duas agências para dar entrada em seu seguro, um direito adquirido dos trabalhadores brasileiros. Não bastasse a distância, apenas 70 fichas são distribuídas na agência Ribeira em Natal, e mais 70 em Mossoró. O problema ocorre há pelo menos dois anos, e se agravou recentemente com a greve dos funcionários da Superintendência Regional do Trabalho (SRT), onde também é possível dar entrada no benefício. Lá, são 50 fichas distribuídas por dia. Além disso, há mais fichas em outras agências do interior e na gerência de Mossoró. O SINE também oferece o serviço.

Hoje a situação na Caixa se normalizou, mas volta e meia é preciso que os funcionários do banco façam um esforço para não deixar nenhum trabalhador sem o benefício. Exemplos: quando há demissões numa determinada empresa, como ocorreu com a ONG Movimento de Integração e Orientação Social (MEIOS, mais de mil demitidos) ou em épocas de defeso, quando os pescadores recebem o seguro-desemprego. Ai é preciso fazer mutirões para atender à demanda, e evitar as filas quilométricas, inclusive com pessoas que pernoitam ao relento, na frente da agência. Há 32 outras agências no RN, com infraestrutura necessária a oferecer o mesmo serviço.

A superintendência regional do banco não se pronuncia sobre o assunto, apenas através da assessoria de imprensa. A Caixa alega que as filas se formam na Caixa, mas não são problema da Caixa, e sim do Ministério do Trabalho. O MTE tem culpa porque é o ministério quem determina quantos postos de atendimento devem regulamentar o seguro-desemprego em cada estado. Após pipocarem notícias na imprensa denunciando as filas, a solução surgiu com a medida anunciada na quarta-feira, dos cinco novos postos para o Rio Grande do Norte.

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